BEM-CASADOS
O casamento é como estação
Ora o embarque da alegria
Ora o desembarque da razão
Veja a chegada da ironia
Adentra ao comboio a frustração
Ora o cinza de um inverno
Ora a paixão de um verão
A boca que te ofende
É a mesma que te beija
A mão que te acaricia
É a mesma que te alveja
O olhar que te conquista
Com charme e com ternura
É o mesmo que te corta
Com o gelo da amargura
Num instante brincadeiras
Risos e intimidades a aproximar
Noutro momento incertezas
Orgulho cria distância no ar!
Nesse contraste de energias
O palco doméstico é o templo do lar
Cabe a ambos o compromisso
Do ambiente saber honrar
Na antítese do amar
É melhor ceder do que vencer
Torcendo para a Paz
Sempre prevalecer.
Raphael Vieira Tavares
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