Eu te Amo
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Será fundamental mesmo o amor?
Sem sombra de dúvidas a resposta é sim. Mesmo que você não concorde, deve reconhecer que se não fosse esse sentimento divino o mundo poderia estar muito pior do que se imagina, acredite, poderia!
O poeta estava certo quando disse: “fundamental é mesmo o amor...” E não se trata de uma opinião de um grupo de idiotas apaixonados ou de melancólicos carentes, trata-se de uma condição essencial para a vida de qualquer um. Amor não é só aquilo que você acha que sente por um namorado(a), amor está além de ser “aquilo”, o amor é algo tão enigmático que seria pretencioso por demais da minha parte tentar distingui-lo ou decifrá-lo com palavras. Contudo, é válida a tentativa de raciocinar sobre o amor, ainda que na maioria das vezes o amor não caminhe com a razão.
Acredito verosmente que existem amores e amores, acredito que eu, e mais cerca de 6 bilhões de seres-humanos, somos criaturas imperfeitas e ainda incapazes de amar. O “nosso” amor seria uma forma de ensaio, um treinamento, para quem sabe um dia aprendermos amar de verdade. Basta pensar que na sua origem animalesca e bárbara o homem só tinha instintos, mais adiante e mais corrompido o homem teve sensações, hoje, mais instruído e “qualificado” o homem tem sentimentos, o ponto mais delicado e sublime dos sentimentos é o amor. Não o amor banal que teimam em disseminar, mas sim o amor que se traduz em Sol interior condensando e reunindo no seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. Tratando desse último, olhe para você mesmo e responda: você sente o verdadeiro amor?
Sendo honesto e transparente conosco mesmo reconhecemos que não. Mas isso não será um motivo para ficarmos frustrados, existe também uma grande placa enraizada em nós de orgulho e de egoísmo, é desta mazela que devemos nos livrar.
Por mais durão que você queira ser, por mais que isso tudo ainda lhe soe super cafona, um dia você vai se tocar, que a vida é mais do que comer, beber e trepar. Porque se assim não fosse, estaríamos reduzidos ao estado grotesco e deplorável dos animais, isso seria ilógico e não teria o menor sentido.
Quem sabe a longo prazo não seremos capazes de conjugar o verbo amar?
Interessante que mesmo que reconheçamos a nossa impotência para amar, temos que reconhecer também que esse sentimento brota, ainda que imperfeito, em todos nós. Esse “amor humano”, mesmo sendo um amor condicional, do tipo: eu só te amo se você me amar, mesmo sendo um amor egoísta daquele: só te amo se estiver comigo. Mesmo assim, surge como uma centelha nas emoções de cada um. O homem mais criminoso, mais maléfico, mais vil, nutre por alguém ou por algum objeto, uma espécie de afeto, arrisco dizer que esse afeto seria um embrião do amor. Há também aqueles que têm o coração transbordando de “amor”, amam tanto que dedicam seu sentimento a animais, plantas e também a objetos. Esses são do tipo que dizem: quanto mais conheço os homens mais amo meu cachorro, uma tipificação de solitários e insociáveis que queixam-se da humanidade em geral.
Talvez seja por causa dessa “centelha” de amor, germinando em cada um, que as pessoas vêm vulgarizando mais esse sentimento. O “eu te amo” é usado de uma forma tão ausente de critério que seria hilário se não fosse assustador. Pessoas dizem: eu te amo, no início ou no final de alguma conversa, como se fosse um “bom dia” ou uma despedita do tipo: até mais. Algumas abusam tanto que o “eu te amo” se reduz a uma vírgula, tal a forma exagerada que é “desgastado”.
Sem ironias, o pensamento acima é um exemplo da necessidade nata que o ser-humano busca de amar, por vezes isso não é trabalhado, mistura-se a carência e a paixonisse aguda, mas é fato que existe.
No estágio em que estamos, amamos somente aqueles que nos fazem bem, ou algum hipócrita vai dizer que morre de amores pelo seu inimigo? E por aqueles que não são nossos inimigos nem nossos amigos, o que sentimos? Por estes somos indiferentes.
A confusão aumenta quando se confunde sexo com amor, aí danou-se, literalmente. Para diferenciar isso bastava só as pessoas refletirem que ninguém goza por amor e que ninguém sofre por tesão. É justamente o contrário.
Confundimos ainda o amor e as formas de relacionamento. Um homem ama seu pai, por isso sente vontade de passear de mãos dadas com ele. Uma mulher ama sua irmã, por isso lhe dá carinho e com ela conversa sobre o amanhã. Um amigo ama sua amiga, por isso se sente bem ao vê-la rir, mesmo tendo que lhe provocar o sorriso. Um namorado ama sua namorada, por isso podem preparar um jantar e depois “apenas” dormirem abraçados, sem necessariamente terem que mostrar performances de um atleta olímpico na cama. Sem falar no amor materno, que é o maior de todos estes amores.
Às vezes esquecemos dessas coisas simples, o que acaba se tornando “normal” dentro dessa evolução cega, onde o que importa é viver desenfreadamente, desde que não se interrompa a carreira e a produção.
E caso você tenha chegado até aqui, ainda com a opinião de que não precisa do amor e de que não ama ninguém, experimente então se amar mais um pouco.
Sem sombra de dúvidas a resposta é sim. Mesmo que você não concorde, deve reconhecer que se não fosse esse sentimento divino o mundo poderia estar muito pior do que se imagina, acredite, poderia!
O poeta estava certo quando disse: “fundamental é mesmo o amor...” E não se trata de uma opinião de um grupo de idiotas apaixonados ou de melancólicos carentes, trata-se de uma condição essencial para a vida de qualquer um. Amor não é só aquilo que você acha que sente por um namorado(a), amor está além de ser “aquilo”, o amor é algo tão enigmático que seria pretencioso por demais da minha parte tentar distingui-lo ou decifrá-lo com palavras. Contudo, é válida a tentativa de raciocinar sobre o amor, ainda que na maioria das vezes o amor não caminhe com a razão.
Acredito verosmente que existem amores e amores, acredito que eu, e mais cerca de 6 bilhões de seres-humanos, somos criaturas imperfeitas e ainda incapazes de amar. O “nosso” amor seria uma forma de ensaio, um treinamento, para quem sabe um dia aprendermos amar de verdade. Basta pensar que na sua origem animalesca e bárbara o homem só tinha instintos, mais adiante e mais corrompido o homem teve sensações, hoje, mais instruído e “qualificado” o homem tem sentimentos, o ponto mais delicado e sublime dos sentimentos é o amor. Não o amor banal que teimam em disseminar, mas sim o amor que se traduz em Sol interior condensando e reunindo no seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. Tratando desse último, olhe para você mesmo e responda: você sente o verdadeiro amor?
Sendo honesto e transparente conosco mesmo reconhecemos que não. Mas isso não será um motivo para ficarmos frustrados, existe também uma grande placa enraizada em nós de orgulho e de egoísmo, é desta mazela que devemos nos livrar.
Por mais durão que você queira ser, por mais que isso tudo ainda lhe soe super cafona, um dia você vai se tocar, que a vida é mais do que comer, beber e trepar. Porque se assim não fosse, estaríamos reduzidos ao estado grotesco e deplorável dos animais, isso seria ilógico e não teria o menor sentido.
Quem sabe a longo prazo não seremos capazes de conjugar o verbo amar?
Interessante que mesmo que reconheçamos a nossa impotência para amar, temos que reconhecer também que esse sentimento brota, ainda que imperfeito, em todos nós. Esse “amor humano”, mesmo sendo um amor condicional, do tipo: eu só te amo se você me amar, mesmo sendo um amor egoísta daquele: só te amo se estiver comigo. Mesmo assim, surge como uma centelha nas emoções de cada um. O homem mais criminoso, mais maléfico, mais vil, nutre por alguém ou por algum objeto, uma espécie de afeto, arrisco dizer que esse afeto seria um embrião do amor. Há também aqueles que têm o coração transbordando de “amor”, amam tanto que dedicam seu sentimento a animais, plantas e também a objetos. Esses são do tipo que dizem: quanto mais conheço os homens mais amo meu cachorro, uma tipificação de solitários e insociáveis que queixam-se da humanidade em geral.
Talvez seja por causa dessa “centelha” de amor, germinando em cada um, que as pessoas vêm vulgarizando mais esse sentimento. O “eu te amo” é usado de uma forma tão ausente de critério que seria hilário se não fosse assustador. Pessoas dizem: eu te amo, no início ou no final de alguma conversa, como se fosse um “bom dia” ou uma despedita do tipo: até mais. Algumas abusam tanto que o “eu te amo” se reduz a uma vírgula, tal a forma exagerada que é “desgastado”.
Sem ironias, o pensamento acima é um exemplo da necessidade nata que o ser-humano busca de amar, por vezes isso não é trabalhado, mistura-se a carência e a paixonisse aguda, mas é fato que existe.
No estágio em que estamos, amamos somente aqueles que nos fazem bem, ou algum hipócrita vai dizer que morre de amores pelo seu inimigo? E por aqueles que não são nossos inimigos nem nossos amigos, o que sentimos? Por estes somos indiferentes.
A confusão aumenta quando se confunde sexo com amor, aí danou-se, literalmente. Para diferenciar isso bastava só as pessoas refletirem que ninguém goza por amor e que ninguém sofre por tesão. É justamente o contrário.
Confundimos ainda o amor e as formas de relacionamento. Um homem ama seu pai, por isso sente vontade de passear de mãos dadas com ele. Uma mulher ama sua irmã, por isso lhe dá carinho e com ela conversa sobre o amanhã. Um amigo ama sua amiga, por isso se sente bem ao vê-la rir, mesmo tendo que lhe provocar o sorriso. Um namorado ama sua namorada, por isso podem preparar um jantar e depois “apenas” dormirem abraçados, sem necessariamente terem que mostrar performances de um atleta olímpico na cama. Sem falar no amor materno, que é o maior de todos estes amores.
Às vezes esquecemos dessas coisas simples, o que acaba se tornando “normal” dentro dessa evolução cega, onde o que importa é viver desenfreadamente, desde que não se interrompa a carreira e a produção.
E caso você tenha chegado até aqui, ainda com a opinião de que não precisa do amor e de que não ama ninguém, experimente então se amar mais um pouco.
Raphael V. Tavares