O Foco
Para onde está direcionado o foco da sua vida?
Muitas pessoas centralizam os objetivos e os projetos num determinado ponto único de suas vidas, seja por força da personalidade ou seja por força de suas próprias vontades. Dirigem parte de suas atenções, e em alguns casos até mesmo todas as atenções, num específico fim.
Alguns focalizam suas energias no trabalho, certamente são grandes profissionais, bem sucedidos e na maioria das vezes realizados em suas carreiras. Nada de errado em dedicar-se ao trabalho, a maior parte das pessoas concorda e é evidente que a atividade laborativa contribui para felicidade, além de funcionar como terapia em muitos casos. O problema começa quando o indivíduo acha que deve dar o sangue pelo seu trabalho, e piora quando acredita então que só o seu sangue está sendo pouco, deve ainda dar algo mais. Não raro pessoas se submetem a humilhações e a cargas absurdas de estresse que julgariam inaceitáveis se estivessem vivendo com o foco em outra direção. É claro que deve se considerar aqui que diversas pessoas não escolheram ou direcionaram por livre vontade o fato de estarem nessa condição, mas muitos usam a necessidade empregatícia como escusa, como desculpa, para justificarem a centralização abusiva das suas determinações. Avaliando cada caso com sua devida particularidade, dentro desse grupo encontra-se grande parte dos que são movidos por nada mais do que a pura ganância e cobiça.
Há também os que concentram sua visão numa determinada crença ou religião, importante lembrar que tanto o trabalho como a religião são elementos que contribuem muito para vida do homem em vários aspectos, porém o equívoco surge quando a empolgação ou a falta de cautela e ponderação levam ao extremo exagero. Pessoas vivem em função de uma religião, não cabe a ninguém julgar tal comportamento, porém cabe a estas próprias pessoas se perguntarem se não estaria faltando iluminar outro ponto de suas vidas quando elas condicionam a luz do seu foco unicamente em alguma religião. Não há mal algum em ter Deus como algo primordial, vindo à frente de todas as outras coisas da vida, assim como não há mal ter um outro ser ou divindade em que se acredite nesta posição. Pelo contrário, particularmente considero necessário e imprescindível crer numa força divina ou superior, o problema discutido não é no que se crer e sim na exagerada e excessiva forma de se direcionar sobre uma crença. A intenção aqui não é o debate teológico, deixando de lado as opiniões particulares, o fato é que Deus (ou seja lá o que você acredite) não criou nenhuma religião, as religiões foram invenções dos homens, por isso é diferente dizer que está focando as diretrizes em Deus e que está focando as diretrizes na religião. Nesse caso a falta de prudência e o descontrole podem atirar o fiel no fanatismo cego ou no fascismo absoluto.
Existe ainda os que se focam na necessidade de satisfazerem-se com os amigos, isto é, colocam as amizades acima de tudo, são geralmente pessoas com um grande círculo social e julgam-se felizes por possuírem muitos amigos. Não duvido de suas felicidades, mas será que realmente devem depositar tanto nos seus "amigos"? Digo "tanto" a ponto de focalizarem-se unicamente neles.
A grande questão do diálogo está aí, longe de apontar uma opinião verdadeira, considero válida apenas a reflexão.
Muitas pessoas centralizam os objetivos e os projetos num determinado ponto único de suas vidas, seja por força da personalidade ou seja por força de suas próprias vontades. Dirigem parte de suas atenções, e em alguns casos até mesmo todas as atenções, num específico fim.
Alguns focalizam suas energias no trabalho, certamente são grandes profissionais, bem sucedidos e na maioria das vezes realizados em suas carreiras. Nada de errado em dedicar-se ao trabalho, a maior parte das pessoas concorda e é evidente que a atividade laborativa contribui para felicidade, além de funcionar como terapia em muitos casos. O problema começa quando o indivíduo acha que deve dar o sangue pelo seu trabalho, e piora quando acredita então que só o seu sangue está sendo pouco, deve ainda dar algo mais. Não raro pessoas se submetem a humilhações e a cargas absurdas de estresse que julgariam inaceitáveis se estivessem vivendo com o foco em outra direção. É claro que deve se considerar aqui que diversas pessoas não escolheram ou direcionaram por livre vontade o fato de estarem nessa condição, mas muitos usam a necessidade empregatícia como escusa, como desculpa, para justificarem a centralização abusiva das suas determinações. Avaliando cada caso com sua devida particularidade, dentro desse grupo encontra-se grande parte dos que são movidos por nada mais do que a pura ganância e cobiça.
Há também os que concentram sua visão numa determinada crença ou religião, importante lembrar que tanto o trabalho como a religião são elementos que contribuem muito para vida do homem em vários aspectos, porém o equívoco surge quando a empolgação ou a falta de cautela e ponderação levam ao extremo exagero. Pessoas vivem em função de uma religião, não cabe a ninguém julgar tal comportamento, porém cabe a estas próprias pessoas se perguntarem se não estaria faltando iluminar outro ponto de suas vidas quando elas condicionam a luz do seu foco unicamente em alguma religião. Não há mal algum em ter Deus como algo primordial, vindo à frente de todas as outras coisas da vida, assim como não há mal ter um outro ser ou divindade em que se acredite nesta posição. Pelo contrário, particularmente considero necessário e imprescindível crer numa força divina ou superior, o problema discutido não é no que se crer e sim na exagerada e excessiva forma de se direcionar sobre uma crença. A intenção aqui não é o debate teológico, deixando de lado as opiniões particulares, o fato é que Deus (ou seja lá o que você acredite) não criou nenhuma religião, as religiões foram invenções dos homens, por isso é diferente dizer que está focando as diretrizes em Deus e que está focando as diretrizes na religião. Nesse caso a falta de prudência e o descontrole podem atirar o fiel no fanatismo cego ou no fascismo absoluto.
Existe ainda os que se focam na necessidade de satisfazerem-se com os amigos, isto é, colocam as amizades acima de tudo, são geralmente pessoas com um grande círculo social e julgam-se felizes por possuírem muitos amigos. Não duvido de suas felicidades, mas será que realmente devem depositar tanto nos seus "amigos"? Digo "tanto" a ponto de focalizarem-se unicamente neles.
A grande questão do diálogo está aí, longe de apontar uma opinião verdadeira, considero válida apenas a reflexão.
Não deposite a SUA vida em algo ou em alguém que te faça centralizar e focalizar tanto a ponto de anular outras coisas ou outras pessoas importantes, ou ainda a ponto de fazer que o seu sucesso e a sua felicidade como ser-humano estejam condicionados e dependentes deste único foco.
O mesmo acontece quando se está apaixonado num relacionamento e então se cria e monta uma série de planos e expectativas em cima da outra pessoa. Não há nada de errado em se elaborar planos quando se está apaixonado, contudo, ninguém deve carregar a responsabilidade e o êxito dos seus objetivos nos ombros, quem deve carregar as suas garantias e determinações é você, ninguém deve receber a tarefa de transportar a sua felicidade nas costas. Aposte sim no seu relacionamento, no entanto, não aposte tão alto, não desconsidere a possibilidade de que numa aposta você também pode perder.
Seja com o trabalho, com a religião, com as amizades ou com o relacionamento amoroso, enfim, seja com qualquer coisa. O exagero é sempre prejudicial, o excesso abusivo irá te cegar quanto às outras coisas que também eram importantes e valorosas e que muitas vezes estavam bem perto de você. A falta de ponderação irá fazer com que o seu foco seja único e que não se divida em outra direção, o que irá lhe trazer certamente no futuro algum grau de decepção ou frustração, porque por mais que você focalize em uma determinada coisa, não poderá garantir que essa coisa estará ali para sempre, de modo a contribuir com todas as suas idéias e expectativas que forem criadas.
Então, provavelmente, você passará a concordar com o pensamento de que a vida é uma balança e de que o EQUILÍBRIO é uma das maiores lições, equilíbrio em tudo, tanto nas razões como nas emoções. O foco desmedido recai quase sempre no tempo perdido, que desdobra na tentativa de voltar atrás, porém nem sempre isso é possível, às vezes pode ser tarde demais.
O mesmo acontece quando se está apaixonado num relacionamento e então se cria e monta uma série de planos e expectativas em cima da outra pessoa. Não há nada de errado em se elaborar planos quando se está apaixonado, contudo, ninguém deve carregar a responsabilidade e o êxito dos seus objetivos nos ombros, quem deve carregar as suas garantias e determinações é você, ninguém deve receber a tarefa de transportar a sua felicidade nas costas. Aposte sim no seu relacionamento, no entanto, não aposte tão alto, não desconsidere a possibilidade de que numa aposta você também pode perder.
Seja com o trabalho, com a religião, com as amizades ou com o relacionamento amoroso, enfim, seja com qualquer coisa. O exagero é sempre prejudicial, o excesso abusivo irá te cegar quanto às outras coisas que também eram importantes e valorosas e que muitas vezes estavam bem perto de você. A falta de ponderação irá fazer com que o seu foco seja único e que não se divida em outra direção, o que irá lhe trazer certamente no futuro algum grau de decepção ou frustração, porque por mais que você focalize em uma determinada coisa, não poderá garantir que essa coisa estará ali para sempre, de modo a contribuir com todas as suas idéias e expectativas que forem criadas.
Então, provavelmente, você passará a concordar com o pensamento de que a vida é uma balança e de que o EQUILÍBRIO é uma das maiores lições, equilíbrio em tudo, tanto nas razões como nas emoções. O foco desmedido recai quase sempre no tempo perdido, que desdobra na tentativa de voltar atrás, porém nem sempre isso é possível, às vezes pode ser tarde demais.
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Raphael Vieira Tavares
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