"Não sou este corpo que possui um espírito, mas sou o Espírito que fala por este corpo."

quarta-feira, 7 de março de 2007

Poema Saudade

Saudade
Saudade é uma latente ardência
Eu, na minha incondicional insistência
Guiado pela própria carência
Descubro que é também a Saudade
Uma forma que exprime a ausência

De repente, num segundo, a diferença nele está
Num instante tudo muda, a vida se modificará
Não há mais o que fazer, o tempo não revogará
O passado não se faz presente
Temos que aprender lidar

Difícil compreender, difícil se conformar
Nosso próprio egoísmo não deixa,
queremos Vitor para brincar
Qual a outra opção,
será que só nos resta chorar?

Cada dia mais lúcido eu vos digo
Digo-lhes convidando a pensar
Resta-nos mais do que isso
Resta-nos chorar, orar e amar

Choro porque sinto dor
Oro pra Deus ajudar
Amo porque Vitor é digno,
de me fazer lhe amar

É duro, é rude, é bruto
Não cabe a nós contingenciar
Ora queremos a saudade longe
Ora queremos ouvi-la falar

Muitos não entendem
Compreensivo, afinal, não é fácil resignar
Talvez não possamos entender
A própria razão se abstém de tentar

Os desígnios de Deus são imprescindíveis
Com certeza um dia iremos captar
Enquanto isso seguimos lembrando
Amigo é o tempo que nos faz conformar

No entanto, é esse mesmo tempo
Que às vezes nos é salutar
Que traz de volta a Saudade
Fazendo a danada aumentar
Raphael Vieira Tavares

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O mal é a ausência do bem, assim como a escuridão é a ausência da luz.
Desta lógica, um dia será inadequado usar a palavra “morte” para falar da situação dos que já se foram, pois que a morte é a ausência da vida, mas aqueles que partiram ainda vivem, numa vida paralela a nossa!