"Não sou este corpo que possui um espírito, mas sou o Espírito que fala por este corpo."

quarta-feira, 7 de março de 2007

Descobrindo a Poesia

De repente, sentado à mesa, só o papel de rascunho e a caneta... esses instrumentos me servem de alívio, através deles arrisquei algumas palavras, depois formaram-se versos, bastava esperar e as palavras me vinham à mente, como que num sopro do esclarecer.
Sempre gostei de escrever, de fato, mas nunca me arriscara no mar da poesia, sempre preferi a dissertação, os textos, para a poesia, acreditava eu, era preciso ter dom, sensibilidade, essência sutil. Não sei se defini ao certo quais são os requisitos para se fazer um poema, claro que não, para fazer um poema é necessário antes de tudo, antes destes requisitos, sentir o poema, daí então conseguir colocar seu sentimento nas palavras. Amigas e sábias palavras!
Quão confortante é sentir algo, por mais doloroso e melancólico que tal sentimento seja, então conseguir fazer com que as outras pessoas percebam com bastante lealdade o que você tentou expressar. Nasce o Poema.
Através dele eu me expresso, por ele exibo meu íntimo sentimento, divido com quem quiser ler. Sublime modo descobri para homenagear meu irmão, seja em prosa ou em verso.
Ser poeta não é um título acadêmico, tão pouco uma posição social, qualquer um que seja capaz de sentir sua própria poesia já será um Poeta.
Ser Poeta é, enfim, um estado de espírito!

Abaixo segue outro Poema que redigi para ele.


VITOR


Via Vitor e não poderia vislumbrar
Que algo mórbido pudesse dele brotar
Antítese da melancolia e da consternação
O esplendor de juvenil alegria,
fulgurava do seu coração

Alegria que sorria
Alegria que contagia
Alegria que agora é nostalgia

Usufruiu bem de cada idade
Sempre atrás dessa tal Liberdade
E não é que o Vitinho, com sua diversidade,
nos ensinou buscar a nossa Felicidade?!

As lembranças visitam-me a mente
Decerto que nunca far-se-ão ausentes
Como quando ao violentarmos a madrugada
Uma confidência era então revelada
Sendo assim a Fraternidade...
mais uma vez explorada

Ainda chego em casa na ilusão
De tocar a palma da sua mão
Encontro então o vazio do quarto
E no eco do espaço
Lembro daquele último abraço

Um abraço nem tão duradouro assim
Todavia, eternamente guardado em mim

Como compreender sem chorar?
Como lembrar e suportar?
A prova está aí, temos que encarar
Entendendo que sua existência terrena
Tinha um tempo para expirar

Entretanto temos que lembrar
Que a verdadeira Vida está do lado de lá
Vida leve e sem as expiações
Que aqui temos que enfrentar

Sem angústias e aflições
Sem nosso medo habitual
Sem a matéria brutal
A Vida de que vos falo
É a Vida Espiritual!

Vitor, verdade, virtude
Vitor, vibrante, vicissitude
Vitor, veemência, vigor
Vitor, saudade, amor

Vitor convivência varrida
Vitor domador da sua Vida!
Raphael Vieira Tavares

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O mal é a ausência do bem, assim como a escuridão é a ausência da luz.
Desta lógica, um dia será inadequado usar a palavra “morte” para falar da situação dos que já se foram, pois que a morte é a ausência da vida, mas aqueles que partiram ainda vivem, numa vida paralela a nossa!