"Não sou este corpo que possui um espírito, mas sou o Espírito que fala por este corpo."

quinta-feira, 8 de março de 2007

Poema Irmão

IRMÃO

Estarei condenado a degustar essa saudade?
Saudade que a cada alvorecer visita meu coração
Eu que nunca tive muitos amigos
Vi partir então meu único irmão

E na última festa que eu comparecer
Será difícil de não me entristecer
Bastará para isso eu reviver
Aquelas cenas que não quero esquecer

Nós dois juntos, boa lembrança
Se divertindo na pista de dança
Sorrindo, cantando, não importa a canção
De frente um pro outro, irmão com irmão

E quando um gol o Fluminense marcar
Alterando a seu favor o placar
Do seu robusto grito irei me lembrar
E de como se alegrava...
Ao ver seu time ganhar

E quando no futuro o menino despertar
Sem notar que eu estava a lhe olhar
Com maior orgulho irei lhe falar
Filho, seu tio adoraria te encontrar

E quando no futuro eu me formar
E todos os sucessos que eu alcançar
No meu íntimo irei pensar
Que o maior parabéns que poderia ganhar
Seria seu sorriso fraterno a me acalentar

Bem sei que o futuro é incerto
No entanto, a sensação de que me atesto
É de que as conquistas serão apenas resto
E então não serei mais tão feliz
Não serei mais feliz por completo

Às vezes a saudade aperta demais
Então me comunico com meu irmão
Conto-lhe como foi o meu dia
Conto-lhe em forma de oração

Comunico-me só no pensar
Comunico-me até em versar
Comunico-me pelo coração
Existiria mais sublime modo...
De estabelecer comunicação?!

Às vezes espero respostas
Não ouço, mas as sinto chegar
Chegam em forma de lágrimas
Assim eu sinto ele me tocar

Assim eu sigo lhe amando
No meu âmago do crer
Na minha essência da emoção
Mais uma vez eu lhe digo
Boa noite meu irmão!
Raphael Vieira Tavares

Um comentário:

  1. Amor, fico muito feliz que você através das sábias palavaras está conseguindo dividir com todos que leêm seus poemas sua dor, sua emoção...enfim seus sentimentos... que você consiga sentir a paz de Cristo no seu coração a medida que cada palavra vai chegando a sua mente.

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O mal é a ausência do bem, assim como a escuridão é a ausência da luz.
Desta lógica, um dia será inadequado usar a palavra “morte” para falar da situação dos que já se foram, pois que a morte é a ausência da vida, mas aqueles que partiram ainda vivem, numa vida paralela a nossa!